Ain't your mamma

12-06-2016 21:55

Fazer amor contigo á noite tem outro sabor, sabias ?
Encontro-me neste limbo constante de que me vou perder, mas encontro-me e estou em ti, em nós, pertenço-me. 
Finalmente, pertenço-me.
Fico poética e percebo que escrever não me torna quem sou, sou eu que transformo a escrita em quem me tornei. 
Todas as minhas palavras me pertencem e sou de mim. 
Sou de ti.
Sou do mundo.
Sou do que sei, do que serei e do que quis e quero diariamente. Contigo os batimentos cardiacos sao quase a contagem e a atenção que tomo a cada momento contigo, porque é assim que conto os nossos momentos, pela altura em que me fazes o coração bater forte só por me tocares, e acreditas que até agora parece que te conheço desde sempre?
Os nossos momentos são infinitos porque não somos mais do que essencia pura que transborda de um corpo para o outro, porque os nossos corpos são apenas isso mesmo. 
São aquilo que torna possivel a fusão de sonhos, memórias, dias, horas, minutos e risos num único momento em que deixamos de controlar, e somos controladas.
Digo que estou constantemente no limbo para que te apercebas, exatamente como me apercebi agora, que somos vida, e a vida é um limbo certo?
Que mais pode resistir a morte, que a própria vida encarnada em dois corpos?
Não quero tornar a nossa vida algo banal, porque não o é, muito menos quero torna-la algo vulgar porque não o somos.
E se existe algo especial és tu, somos nós.
O amor é algo engraçado, porque é aquele sentimento que constantemente te faz querer escrever, mas estás num estado de paixão tal que só qures aproveitar o momento... então escrever para que, se aproveitar o momento é o mais acertado?
Só nestes momentos em que estou e me sinto realmente só, paro para pensar e me pergunto, quem somos nós, humanos, afinal ?