Minha alma

10-09-2014 02:44

Minha alma é moribunda,
Fede de hipocrisia e medo
Em mundo lá fora.
Sentada, abonada, batizada
E apontando o dedo
Ao diferente, sem ver o agora.

Sonhos infantis
Que guardo e nao largo
Por pura ignorância
E se me visse ah distância,
Teria pena de mim mesma,
Oferecendo-me de álcool um trago
Tentando afastar a arrogância.

Meu semblante ofende
De tao caricaturado que se tornou,
Pois ao genuíno ele recusou
A mão que este lhe estende.

Sou ridículo de mim própria,
Sou tristeza que me afoga
Tudo o que tinha de bom
E perdi no entretanto
Enquanto defendia ideais
Nos quais nem eu acreditava!

Vergonha que me assola
E me faz ajoelhar pedindo perdão
A Ti que dizia não acreditar
E onde acabas por me encontrar...
Pedindo-te que des sentido ah minha vida
E que nao seja em vao
Quem sou