Permanece em silencio!

Foste tu, pela calada, que me lançaste o balde, que ao bater nas paredes do poço onde me tinha encurralado, me fez chorar de dor.
Sim foste tu, criatura que me assombra. Criatura que não odeio, mas de que tenho medo.
Medo que me voltes a tirar o sossego, não por te amar, mas por quereres tirar-me o que mais amo.
Ah como foste injusta, criatura, tu e outra criatura que me inseriu no mundo das reviravoltas.
Toda a minha vida agora é inconstante, pois a terceira criatura surgiu...
Mas que digo eu, pois não é criatura que lhe chamo! 
É humano que desconheço e me faz sorrir, estupidamente. 
Este atirou-me, em vez de corda ou balde, o seu coração e trouxe-me de volta. 
Não me perguntem porquê, simplesmente aconteceu. 
Mas as anteriores criaturas... Já nem sei que sentir, apenas medo talvez.
Não por elas...Mas medo de voltar a cair no poço de onde não iria voltar